terça-feira, 23 de setembro de 2014

Legalizar o aborto urgentemente!

Se o aborto fosse legal no Brasil, como o é em dezenas de países do mundo (quase toda a Europa, Ásia e América do Norte), Jandira e Elizângela estariam vivas. O procedimento seria disponibilizado no SUS e haveria regras para sua realização.

É justamente por isso que o feminismo levanta essa bandeira há tantos anos, em defesa da vida das mulheres. Muitas interrompem uma gravidez que não desejam através de métodos caseiros, como a inserção de uma agulha de crochê no útero, que pode levar à hemorragia e, consequentemente, à morte. Outras procuram clínicas clandestinas que efetuam o procedimento sem as devidas condições de higiene e segurança. Como atestam os dois casos mencionados, isso também pode levá-las à morte.

As que não morrem podem ser presas, graças a uma lei que quase nos remete à Idade Média. Já os homens que as engravidaram estão livres de qualquer pena.

De outro lado, as mulheres das classes mais abastadas têm acesso ao aborto seguro, pagando pequenas fortunas em clínicas que são tão clandestinas quanto as que mataram Jandira e Elizângela. E há pessoas que insistem em fechar os olhos para essa situação.

Quem é contra o aborto, que não o pratique. Mas não queira que sua forma de ver o mundo interfira na legislação e nas políticas públicas, porque o Estado é (ou deveria ser) LAICO. As mulheres, quando querem interromper uma gravidez, o fazem da forma que estiver ao seu alcance. Algumas morrem: as pobres.




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